SOBRE AS FAIXAS
O álbum abre com a power ballad “Alô alô humanidade”, parceria com Fausto Fawcett de letra existencialista: “Vida insaciável irreversível/ inevitável/ festa imprevisível”, diz. Em seguida vem “Mania”, um pop solar dele com Mauro Santa Cecília, seu parceiro antigo, e a poeta Bruna Beber. ”Essa chegada da voz feminina dá uma outra cor, um outro ponto de vista”, explica.
O rock surge de mãos dadas com o eletrônico em “Senti que dancei”, assinada por ele e pela compositora sergipana Patricia Polayne. “É tudo mais simples/ quando a gente se toca”, ele canta, conformado. Em seguida, vem “Como você está?”, um pop rock com letra romântica e confessional. “Bem oportuna nessa época de isolamento”, ri. A música conta com a participação do baixista Dadi (ex-Novos Baianos e integrante do A Cor do Som).
O blues dá as caras na reflexiva “A rua e eu”, composta com Gian Fabra, parceiro dos tempos de Buana 4 (banda que Maurício liderou entre 1988 e 1991), que também toca baixo na faixa. “Fala de solidão, de finais de relacionamento”, resume. O amor (aqui não correspondido) também é o tema da delicada balada “Zanzando”, parceria com Arnaldo Antunes. “Não vou ficar esperando/ nem açúcar, nem afeto/ nem me desesperando/ por seu desprezo discreto”, canta o artista. O gaúcho Jongui participa na programação.
A sétima faixa é também a primeira música de trabalho. “Abra essa porta”, parceria com Otto (que canta o coro), é uma improvável mistura de folk- -rock à Edward Sharpe and the Magnetic Zeros com eletropop à Imagine Dragons e bateria marcada remetendo ao maracatu. “Abra essa porta, perca o seu medo”, incentiva a letra. “Ela é muito representativa do que é o disco, invocando um pouco essa coisa do maracatu, bem brasileira, ao mesmo tempo com uma sonoridade mais atual. Gosto muito do resultado e a participação do Otto é maravilhosa”, elogia. A música foi lançada em 22 de outubro e ganhou clipe dirigido pelo artista visual Luciano Cian.
Numa onda totalmente diferente, a faixa-título é um samba. “Não tá fácil pra ninguém” é uma parceria com Rogério Batalha, autor de músicas com Moacyr Luz, que surgiu de forma inusitada: pelas redes sociais. Quando estava pensando em um nome para o álbum, Maurício lembrou da canção — que se quer estava no repertório. “É um nome que cabe totalmente para o momento que vivemos” , observa. Um trecho da letra remete ao negacionismo dos tempos atuais: “Cansou de ver gente surtar/ por não confiar/ no que diz o doutor”. A música conta com as participações de Marcio Menescal e Marcelinho da Lua (programação), Márcio Alencar (baixo), Gabriel Loddo (cavaquinho) e Fabrício Matos (guitarra).
Em sua viagem sonora, Maurício Barros chega no ska, em “Já me sinto bem”. A canção é uma parceria com Bruno Levinson. Escrita há anos, teve a letra atualizada por Maurício. “Colaborei com alguns versos e ele gostou do resultado”, diz.
O trabalho chega ao fim com “Não desista”, balada indie rock, que tem uma das letras mais contundentes do álbum: “Não desista, porque ainda não chegou a hora, é preciso resistir”, ele canta. “Fala de resistência. É importante resistir contra todos os absurdos que estamos vivendo no país”, manda. O recado da canção, aliás, tem a ver com a própria essência do disco. “Botar um trabalho autoral na rua é um ato de coragem e perseverança”, analisa o artista. “É uma alegria ver essas canções ao alcance de todos”. O coração de Maurício Barros está na mesa. Sirvam-se.
KAMILLE VIOLA
produzido por Mauricio Barros gravado e mixado por Fabrício Matos técnicos adicionais Renato Muñoze Rodrigo Lopes masterizado por Brian Lucey / Magic Garden Mastering label Marilda Ferreira design Raul Mourão e Marcelo Pereira / Tecnopop lyric videos Luciano Cian fotos Marcos Hermes distribuidora digital Tratore editora Warner-Chappell
1. Alô alô humanidade
(Maurício Barros / Fausto Fawcett)
Lourenço Monteiro (bateria)
Maurício Negão (baixo e guitarra)
Maurício Barros (voz, teclados e violão)
2. Mania
(Maurício Barros / Bruna Beber / Mauro Santa Cecília)
Lourenço Monteiro (bateria)
Maurício Negão (baixo, violão e guitarra)
Fabrício Matos (violão)
Maurício Barros (voz, teclados e pandeiro)
3. Senti que dancei
(Maurício Barros / Patrícia Polayne)
Lourenço Monteiro (bateria)
Maurício Negão (baixo e guitarra)
Maurício Barros (voz e teclados)
4. Como você está ?
(Maurício Barros)
Lourenço Monteiro (bateria)
Dadi (baixo)
Maurício Negão (guitarra)
Maurício Barros (voz, teclados, guitarra e pandeiro)
5. A rua e eu
(Maurício Barros / Gian Fabra)
Lourenço Monteiro (bateria)
Gian Fabra (baixo)
Maurício Negão (violão e guitarra)
Maurício Barros (voz e teclados)
6. Zanzando
(Maurício Barros / Arnaldo Antunes)
Lourenço Monteiro (bateria)
Jongui (programação)
Maurício Negão (baixo)
Fabrício Matos (violão)
Maurício Barros (voz, guitarra e teclados)
7. Abra essa porta
(Maurício Barros / Otto)
Lourenço Monteiro (bateria)
Maurício Negão (guitarra)
Otto (vocal)
Maurício Barros (voz, teclados e programação)
8. Não tá fácil pra ninguém
(Maurício Barros / Rogério Batalha)
Lourenço Monteiro (bateria)
Márcio Alencar (baixo)
Fabrício Matos (guitarra)
Gabriel Loddo (cavaquinho e guitarra)
Marcio Menescal (programação)
Marcelinho Da Lua (programação)
Maurício Barros (voz e piano elétrico)
9. Já me sinto bem
(Maurício Barros / Bruno Levinson)
Lourenço Monteiro (bateria)
Maurício Negão (baixo e guitarra)
Fabrício Matos (guitarra)
Maurício Barros (voz e teclados)
10. Não desista
(Maurício Barros)
Lourenço Monteiro (bateria)
Ricardo Imperatore (programação)
Maurício Negão (baixo, violão e guitarra)
Fabrício Matos (guitarra)
Maurício Barros (voz e teclados)
Obrigado a todos que colaboraram
para a realização desse álbum.
Contato Bruna Tenório +55 21 98280-8921
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Maurício Barros | 2021
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